quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Quarta feira de cinzas

Pensava que nunca poderia curar. Que tudo era enorme. Mas tudo é igual; um eterno vai e vem que me faz cansado demais. Resolvi ir andando  e só. Curei da espera; já vem a certeza de não me importar mais. Dos bordados que fiz devolvo a ti.  Vou ser feliz naquilo que tenho; nos encantos dos cantos que foi só dizer. Daquelas palavras que tinha, esqueça. Já não é mais importante. Demorou e o lago secou. Segui no meu Carnaval, no bloco do eu sozinho; aquele que fizeste questão de não ir. Fecho a cortina do Carnaval; esse ato não é  mais nosso. O ''meu'' não te pertence e o ''minha'' deixo na esquino. Olho no espelho e sigo sem ser mais  pierrot. Agora será até o final, em algum lugar seguro e sem mágoas; mas também  sem sonhos, pensamentos e vontades voltadas a  ti. Não me importa mais. Meu coração está o  jeito de bem me quer. Liberdade, pois meu Carnaval começa agora, nas cinza. Quem se importa. Eu não me importo mais, nunca mais. Já tirei meu nariz vermelho.

2 comentários:

  1. Liindo texto! É triste, mas confesso que me identifiquei... Parabéns, Taba!! :)

    Karla.

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  2. Que disse que cinza é feio?
    Existem mil tonalidades de cinza, mil nuances entre preto e branco, dá pra se divertir muito entre elas.
    Basta um pouquinho de sensibilidade, criatividade e atenção pra fazer uma grande festa apenas com o que (no início) parece pouco.
    Afinal, o pessimista vê sempre uma dificuldade nas oportunidades.
    Achemos nós, cheios de liberdade, as oportunidades nas dificuldades!
    Façamos de nossas vidas um grande e eterno carnaval
    Com ou sem fantasias
    Com o que for que apareça!
    Beijos menino lindo!

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