segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Do vale das sombras

De fato, não adianta pensar naquele. 
De fato, pensar nesse.
É tanta coisas engasgada,
é tanto amor que me esqueceu aqui,
sem dar um sorriso, e mesmo assim fala, "eu to contigo".
Nunca pensai em criar ódio pelo amor,
depois de tanto que valorizei
ele foi e me deixou.

Com as angústias e os medos,
sozinho eu penso... Vou te valorizar? Pra que?
Me abandonar como sempre fez?
Fugir como sempre quis?

Eu confeissei que amava.
Eu confessei o amor.
Mas dele, ele me tirou.
E hoje amargo estou.

Hoje sou a sombra do vale da morte,
Porque não sei mais amar.
Não sei mais gostar.
Por que, de ti
esse é o sentimento que restará.

 

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Minha morte

No túmulo de minha morte é onde vou orar.
Direi palavras, a saudade irá voltar.
Não poderei dizer que lhe amei,
já que a mim esqueceu, eu sei!

No túmulo vou chorar.
Minha morte a quem irá afetar?
Busquei o sorriso atrás de uma montanha de gelo,
tão alta que que segui o conselho...

Parti.
Deixei o caminho livre para seu amor.
Levei para mim o sofrimento, a dor.
Hoje morro confuso sem saber se fiz o certo.
Hoje morro e me culpo por não ter sido o certo.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Dúvidas

São dúvidas que penetram na madrugada, na mais obscura das intrigas. Eu me devoro nas lágrimas que não sei mais escorrer. Demora-te a compreender que de mim extrai a lealdade de ti. Exprime uma indiferença que faz diferença nos hiatos impostos. Permeia meu coração com tantos devaneios inexactos que procuro e pergunto por que ainda te rodeio? Insensato coração de menino, buscando nos olhares de outras aquilo que vivo excluindo de meu peito. São tantas dúvidas no momento que pergunto se ainda existo? Coragem de sorrir para o dia que me diz não, coragem de andar em ruas, avenidas que mostram a ilusão de ter a ti ao menos nos meus sonhos. Esse "você" que criei só pra mim iria me amar como jamais me amou. Vivo feliz mesmo sabendo que de tantas histórias continuo me desfazendo. Duvido de mim, aquele caminho que pretendo seguir, dói no peito em pensar que não acredita. Preciso fugir como fujo das palavras coerentes; preciso sair de mim e voltar somente quando me disser sim.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Saudades

Deveria poder voltar no tempo e rever as condições em que estou no momento.
Deveria ter ouvido o sentido que era um aviso.
Deveria ter lutado e te amado, mais que isso, deveria ter fugido contigo e hoje não teríamos apenas vivido.
Dizer que pleno feliz eu sou, seria mentira. Tanta dor eu sinto ainda.
Saudade coroe e amargura meu peito da solidão de teus beijos.
Sabe-se lá se a ti mereço, sei que a ti não tenho.
Dizes que de mim sente falta, falta? Talvez mentiras contadas para quem quer ouvir.
Eu quero ouvir; e você quer sentir?
Que tal assumir?

sábado, 27 de março de 2010

Fim

Do jardim que é meu coração, nada sobrou. O vento levou. A seca tomou. No que acreditar? Se nem amar e ser amado tenho a honra de desfrutar. Defino o fim, enfim.