quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Hoje

Hoje tive saudade do passado, quando as asas da minha vida levavam-me aos mais altos vôos cujo jamais poderia alçar. Hoje lembrei de ti; lembrei o quanto amo mesmo não me amando, lembrei de quando sonhava estar ao seu lado e ser feliz eternamente. Hoje lembrei de meu avô, quando me levava ao jogo, me ensinava a gritar, pular e torcer. Na saída pagava um lanche fazendo-me o garoto mais feliz do mundo. Hoje lembrei do passado que errei, dos caminhos que andei. Hoje lembrei que tenho medo de fracassar na jornada que acredito ser a que o sucesso me condiciona. Hoje tive saudade de você, que mesmo a pouco tempo em minha vida sabe fazer sentir falta. Hoje lembrei do gosto do beijo proibido, dos amores perdidos e dos sonhos longincos, pudera ter realizado parte deles. Hoje lembrei o medo do desemprego, o clima de desapego e as críticas do que desejo; dessa arte tão injusta perante os filhos que a cultuam. Hoje lembrei da menina de cabelo curto que ama o garoto latino do sertão; do que adianta esse amor se é tudo ilusão? Hoje lembrei do meu coração, das lágrimas de emoção e dos momentos que sonhei viver e nunca pude esquecer. Hoje lembrei daquela noite em que disse que te amava, dos sonhos e lugares que programava. Hoje lembrei de Recife e da alegria de seu Carnaval que sonharei do meu quintal. Hoje vi o quanto escrevo e desejo. Mas hoje não vi você, meu sonho, minha crença, minha fé. Será que perdi em algum caminho onírico? Será que está no paraíso? Hoje eu vi quem sou. Hoje sei o que pro hoje eu serei. Hoje.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Caneta

Quando a caneta muda o mundo. Quanta agonia disfarça a alegria de ser aquilo que não é. Poderia ser simples abrir a porta e ver o mundo com uma energia exposta a te levantar. Posso ver cada passa, cada palavra guiando a tinta e escrevendo a trilha que satiriza cada fato estranho que passo. Não seria o acaso mudar os rumos do coração tão claro e exato? Pudera ser como sonhamos cada passo dado na avenida do destino; mas o tráfego muda como a caneta muda de linha. Silencia como um ponto. Odeio ser dono da caneta pois me obriga a escrever as linhas da minha vida quando a criatividade faz um buraco na mente. Invente. Não sei se o português é errado mas seria fato falado se o corretor fosse automático, assim nunca sofreria com as dores da ferida de ter amado e nunca ter me confiado. Isso é fato.