terça-feira, 21 de setembro de 2010

Minha morte

No túmulo de minha morte é onde vou orar.
Direi palavras, a saudade irá voltar.
Não poderei dizer que lhe amei,
já que a mim esqueceu, eu sei!

No túmulo vou chorar.
Minha morte a quem irá afetar?
Busquei o sorriso atrás de uma montanha de gelo,
tão alta que que segui o conselho...

Parti.
Deixei o caminho livre para seu amor.
Levei para mim o sofrimento, a dor.
Hoje morro confuso sem saber se fiz o certo.
Hoje morro e me culpo por não ter sido o certo.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Dúvidas

São dúvidas que penetram na madrugada, na mais obscura das intrigas. Eu me devoro nas lágrimas que não sei mais escorrer. Demora-te a compreender que de mim extrai a lealdade de ti. Exprime uma indiferença que faz diferença nos hiatos impostos. Permeia meu coração com tantos devaneios inexactos que procuro e pergunto por que ainda te rodeio? Insensato coração de menino, buscando nos olhares de outras aquilo que vivo excluindo de meu peito. São tantas dúvidas no momento que pergunto se ainda existo? Coragem de sorrir para o dia que me diz não, coragem de andar em ruas, avenidas que mostram a ilusão de ter a ti ao menos nos meus sonhos. Esse "você" que criei só pra mim iria me amar como jamais me amou. Vivo feliz mesmo sabendo que de tantas histórias continuo me desfazendo. Duvido de mim, aquele caminho que pretendo seguir, dói no peito em pensar que não acredita. Preciso fugir como fujo das palavras coerentes; preciso sair de mim e voltar somente quando me disser sim.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Saudades

Deveria poder voltar no tempo e rever as condições em que estou no momento.
Deveria ter ouvido o sentido que era um aviso.
Deveria ter lutado e te amado, mais que isso, deveria ter fugido contigo e hoje não teríamos apenas vivido.
Dizer que pleno feliz eu sou, seria mentira. Tanta dor eu sinto ainda.
Saudade coroe e amargura meu peito da solidão de teus beijos.
Sabe-se lá se a ti mereço, sei que a ti não tenho.
Dizes que de mim sente falta, falta? Talvez mentiras contadas para quem quer ouvir.
Eu quero ouvir; e você quer sentir?
Que tal assumir?

sábado, 27 de março de 2010

Fim

Do jardim que é meu coração, nada sobrou. O vento levou. A seca tomou. No que acreditar? Se nem amar e ser amado tenho a honra de desfrutar. Defino o fim, enfim.

segunda-feira, 22 de março de 2010

As últimas frases.

Cansei de olha no espelho e ver a mim que não sou eu. Cansei de amar a quem me ama e nada sei sentir. Cansei de amar e não ser amado. Cansei de trair e ser traído por mim. Despeço. Vou partir e nunca mais irá me ver. Se das dores assim escapo, se da loucura eu tiro um escracho, confesso que estas palavras infantes procuram a lógica que não existe. Confesso, cansei der o eu do medo, aquele que o desejo é superficialmente cutâneo. Deixe-me mostrar-me sem pré conceito. Deixe sozinho, partirei sem medo.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Carnaval

Os corpos pulam como pipoca, o suor escorre da testa, o grito solto na garganta. É Carnaval. Alegria, esquecimento, liberdade; Carnaval é verdade. O som do surdo entra no compasso do peito, o liquido nos faz mais valentes, suor cada vez mais intenso e assim buscamos o beijo. Hoje é Carnaval; o bloco leva a multidão a dançar sem saber o porque, mas para que? Amores ficam para trás, paixões impossíveis tem sua chance de serem substituídas pelas possíveis; oras é Carnaval. Você sabe, coisa e tal, que lhe chamei pra ser minha musa, do lado estar sem nenhuma culpa; me deixaste para trás. Isso é Carnaval! Quatro olhares, um beijo, 2 olhares e conversa, um olhar e na grande casa. Carnaval, meu coração pede liberdade para sempre; te esquecer e a um ponto final chegar. Carnaval faz pensar, quanto custa te amar, quanto caro pode ficar se nunca irá clarear seus sentimentos. Meu bloco já vai sair, eu sozinho devo seguir já que não posso a ti pedir; beijos desejos. Isso é Carnaval, a folia da serpentina, confete e coisa e tal... Tal como o Carnaval meu coração vai pra folia, pois o que me diz com o silêncio é que não sou da sua escola. Já que é Carnaval, farei o que quiser. Apenas não reclame da minha ausência na sua via vida. Já que é Carnaval, meu bloco do coisa e tal sairá pra nunca voltar. E coisa e tal.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Cansei no peito

Cansei de tanto correr. Penso em parar. Mas porque é sempre assim? Não basta explicar? Não basta amar? Diga cada palavra em falsa verdade. Já cansei de não ter emoção, de estar ao seu lado e me sentir um simples sujeito que ama por amar. Não adianta ser intenso e espontâneo, não pode sentir minha sensibilidade... Volte um tempo atrás e verá razão nas suas próprias atitudes para tal ação. Me condena? Te chateia? Já viste o que se passou e perguntou quantas vezes assim fiquei sem entender o porque.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Esgoto

Cansei de abraços falso e beijos ingratos. Cansei de olhar com ternura e receber a amargura e inveja. Cansei de andar com quem me pisoteia. Vou embora; apenas andar. Ir onde nunca fui e buscar a novidade. Cansei da falsidade gratuita que bombardeia qualquer otimismo pela simples inveja de não ter. Cansei de sofrer por amores passados que não voltarão. Olho para frente e vejo a vida adiante. Levanto a cabeça e penso o quanto também mudei. Penso que voltei ao passado, um museu de novidades. Deixo tudo para trás e sigo em frente. Chega de peças amargas na vida, de invejas postadas e falsas amizades. Serei a liberdade; serei o novo. Farei do novo o novo do tudo que tenho de precioso. Farei minha nova preciosidade. Simplesmente cansei de vocês.