quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Um terço de mim.

O hoje me mostra o amanhã daquele ontem que não pude ter. O ontem me faz sentir a fome daquilo que não fiz, porque o medo soube falar. 
Mas hoje quero a fruta do amanhã; a sorte do estar, plantar e colher versos que sempre quis citar a ti. Não haverá medo, segredo ou palavras que não saberei explicar.
O hoje me faz forte, coisa que o ontem tentou, pesquisou pensando me fazer feliz; e o amanhã nunca soube trazer, mesmo no pôr do sol. Queria poder juntar o ontem, hoje e o amanhã fazendo dele uma simples história de amor como tantas outras que li na sua ausência. Mas o hoje, agora, me parece cruel; o ontem é o passado inteiro que ficou; e o amanhã jamais vou alcançar, pois sempre será meu hoje. Paro e penso comigo; será que vivo apenas meu hoje? Será que faço do meu hoje meu ontem e amanhã? Não sei. Só sei que o hoje é curto demais para se pensar o quanto meu ontem foi feliz e de como será meu amanhã. Enquanto for um terço de tudo, meu hoje será o ontem e o amanhã juntos. Será o terço, será vida, será vivida e não mais partida em três.

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