quarta-feira, 22 de abril de 2009

O dia bom pra morrer.

Hoje acordei e olhei no espelho. Dia bom de morrer. Nada mais me satisfaz, nada mais corre atrás. Um dia bom de morrer. Queria estar mas é lá e tu cá. Dia bom de morrer. A saudade já bate na porta, diz que perdi, diz que já foi, diz que morri. Um dia bom de morrer. Parado no ponto eu penso, olho, e não me vejo mais como me via antes. Meus sonhos se esfarelam como um livro velho comido por traças. Nada mais que me fala é verdade, tudo aquilo evaporou. Queria ver a luz, estar nela, queria a felicidade, a alegria do dia a dia, a ternura do cansaço edificante. Queria ter a certeza do seu sorriso a cada semana, não ter medo de falar, de ser aquilo que quero. Queria parar de sonhar para realizar um passo e me ver deitado e feliz. Queria poder te ver deitada em meu ombro, sentir o calor do seu rosto sem pensar no amanhã. Cadê aquilo que foi prometido? Cadê minhas profecias oníricas lidas no livro. Cadê você que deveria estar aqui e me dizer que tudo ficará bem? Cadê o o amor que me puxa da cama e foge para longe de mim só de pirraça. Um dia lido de morrer. Acabar com as angustias e dores do dia a dia, sonhos e esperanças a serem vividas; dar cabo daquilo que me faz tão mal e sorrir para o que me faz bem. Ver a confusão ir embora. Poder me jogar e ouvir que gosta; sonhar e ver que continua comigo. O dia bom de morrer é agora, e acordar em alguma hora onde as dúvidas serão passados e as lembranças achados.

Um comentário:

  1. Tenho tido uns dias desse tbm... Dias bons pra morrer... Tô tentando me achar também no meio de mim mesma, mas tô seguindo sem deixar a peteca cair.
    E achado, no meio disso tudo, foi você.

    Beijo menino

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