quinta-feira, 16 de abril de 2009

Confusão

Ditados, diálogos, telefonemas e mensagens. Que desastre! Querer dizer o que pensa, paciência! Devagar se faz a farra, mostra a cara e desafia a palavra. Te confunde? Não me insulte, mostre a verdade, diga a parte o que quero, o que quer. Mentiras já não ficam; palavras as vezes são como supositórios impedindo a diarreia de sentimentos. No canteiro um abraço, um laço, me faz pensar no passado tão vasto, largo e curto.  Diagramar a vida de modo que não mexa em feridas abertas de maneira tola. Pudera dizer a ti de uma tal naturalidade; pudera aceitar em ti aquilo que vive disfarçando nas suas atitudes, propondo. Vejo na mesa a vida exposta, uma compota de vários fragmentos adocicados. É, as vezes me vejo farto de tais guloseimas. 
Quisera olhar pra ti e não dizer tchau. Quisera não olhar para trás esperando ver-te voltar e dizer aquilo que não vou ouvir. Paciência divina domina minha vida. As vezes me vejo como um tolo esperando alguma ação conjunta, pobre de todos! Numa jardineira te vejo me fazeres bem, sorrir e sair um gosto dos olhos. Não me importo em esperar; me importo em não voar. Me confunde, me desfoca e as vezes não me nota. Foge, ignora, faz-me miséria, me adora, me toca, me beija, mas se queixa de não saber. Sabemos menos dessa confusão; sabemos sim da ação; sabemos sim da falta do tempo quando junto está. 
Desenho no ar o sentido, já que existo. São dois quando se quer um; é um nada quando se luta em silêncio; é confuso quando pareço enfim estar entendendo. 

Um comentário:

  1. Puta que o pariu Taba!!!
    Me vi nesse texto! você manda bem p. caralho!!!!

    :D

    Milena

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