quarta-feira, 3 de junho de 2009

Amor e Frio

Uma e vinte e o frio bate em minha janela. Disso esperava sim o amor; mas com o frio vem a solidão no coração. Antes era fácil fazer o peito arder e esquentar a alma no seu mais profundo alojamento. Antes era fácil amar e ser amado. Mas hoje o frio congela tudo que possa ser sentido. Edito minha vida sem saber as regras gramaticais que a ela foram impostas por amores perdidos. Dou conselhos de tudo aquilo que gostaria de fazer mas não faço por puro medo de errar. Mostro minha alegria editada, cortada para não verem as arestas mal acabadas. Nesse instante viro e penso se realmente fazem o que deve ser feito; lágrimas por aqueles que foram para longe ou aqueles que não voltam mais no verão. Frio; domina meu peito, penso naquela, penso no escuro, no absurdo que me impede de ir até ti e dizer paremos com isso. Penso que esteja errada; que estejamos errados e viveremos felizes. Penso que poderia decidir por nós e dizer as vozes para se calarem. Penso que logo não estarei mais aqui pois o tempo é curto. Deveria saber exatamente o que faço para não me perder em palavras tolas dizendo para você voltar. Ou me perder tentando fazer seu olhar mostrar mais confiança quando pensa o quanto solto sou. Seria assim um pássaro? Pássaros amam e voltam, e eu sempre estou a cantar ao seu lado, mas você nunca vai notar. Posso fazer a passagem pelo lago da solidão e de lá nunca mais sair; morrer. Disseste a mim muitas palavras verdadeiras negadas quando estava sóbria. Já não sei o que pensar já que pensei que diferente podia estar. Já não sei se devo acreditar mesmo se no peito está descrito que o caminho é ficar. Já ouço minha alma pedindo calma porque sabe que voltará. E deste ponto do caminho, como seguiremos? Aflitos?

Nenhum comentário:

Postar um comentário